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Foto do escritorTayná Vitória

Um convite para fugir de Azkaban




Alguém me perguntou: Como você está?

Na minha mente eu disse: posso te dizer que me sinto tão quebrada como se os elefantes usados por Anibal tivessem me pisoteado. Posso te dizer que me sinto como Silena ao perder Charles, ou mesmo como Clarisse ao perder Silena (referências a Percy Jackson e os olimpianos).

Eu sou as células formadores do xilema.

Mas eu me limito apenas a um: voy tirando.

Então, eu perdi alguém.

Sabe, eu o via.

Mergulhava sem afetação em universos etéreos diferentes, do silêncio de Beethoven ao preto e amarelo de Wiz Khalifa.

Ele queria achar a resolução dos betas de sua existência.

Eu o via.

E o que eu sei sobre ele?

Tudo.

Lembro-me do dia que saiu de sua casinha. Olhou para trás e se esqueceu que tinha alguém amando-o. E em todos os dias de minha vida, o que sempre me perguntava era: ele está sorrindo?

Hoje, ele não sorriu. Ele continua sentado naquela banco marrom com os pés sobre o manto de folhas das árvores caducas.

O que eu via que os outros não conseguiam ver sobre ele? A expressão cadavérica e o humor mordaz por trás dos muitos sorrisos e risadas forçadas. Sei que ele tentava não escutar o assovio da tristeza e o respirar melodioso das circunstâncias.

Sabe aquela pessoa que você mais ama, que quando vê em filmes, alguma cena de despedida, você nem consegue imaginar ter que se despedir alguma vez na vida dessa pessoa que você ama? Agora imagina que essa despedida é por um tempo muito maior. É você saber que aquela pessoa voltou a ser pó de estrela. O corpo da pessoa não existe mais. A sua alma? Está agora em um outro lugar, o qual não tem wifi, não tem passaporte, a não ser a morte. Mas....você tirar a sua própria vida, não é garantia que vá para o mesmo lugar que está a pessoa que você ama. Isso é lógica. A própria ideia de que os seres que amamos não desaparecem com os golpes fatais é lógica. O corpo, a matéria da pessoa, vai se deteriorar... Mas o sentido da vida...., para onde a nossa CONSCIÊNCIA vai depois do ato final, só o espiritismo, com os cinco livros de Allan Kardec, explica.

Enfim, eu perdi alguém e perdi porque a senhora que modifica tudo o levou: a Morte, aquela que contou a história da menina que roubava livros.

Essa pessoa que eu perdi, perdi em um momento de minha vida em que não conseguia ajudar mais ninguém, porque eu não me ajudava. Meu menino. O que eu podia fazer? Eu não sabia nada sobre História, Geografia, Matemática, Física, quem dirá de Psicologia. Na minha época, não tinha internet, eu não sabia coisa alguma sobre essas doenças ocultas aos olhos. E para mim, meu menino era saudável, não tinha doenças. Mas ele tinha.... E quando eu descobri, era tarde demais.

Eu não sei em que momento eu perdi ele, se foi quando eu vi seu caixão baixando na cova ou quando eu o via sair todos os dias. Eu me sinto uma mãe fracassada. Eu sinto que falhei não com a cidade, como dizia Oliver Queen, mas falhei com meu menino, meu filho. Quando soube depois das autópsias, tentei convencer a mim mesma que ninguém consegue vencer esse inimigo: as drogas. Mas eu estava enganada.

Se eu soubesse o que meu filho fazia, eu o mostraria que há uma vida encantadora fora daquela prisão ''maneira''. Eu lhe chamaria a vencer seus monstros sem fugir deles com algo que também se tornaria um monstro. Eu lhe mostraria que a aparente amiga que o faz sair da realidade, depois se converte em uma assassina, se converte em uma prisão horrenda, cheia de monstros querendo sugar o melhor de ti. Sim, as drogas são como Azkaban, a prisão dos livros de Harry Potter. Lembra dos dementadores os quais são os guardas da prisão, que sugam a felicidade dos prisioneiros? A droga suga o melhor de você, suga teus momentos felizes, tuas lembranças felizes. Se eu pudesse, eu mostraria a meu filho que a sua melhor amiga não é a Droga, e sim, eu. Eu lhe mostraria que contra os dementadores nós usamos o EXPECTO PATRONUM. O patrono como já dizia o professor Lupin, é energia positiva, é esperança, felicidade, desejo de sobrevivência. Sim, a droga nos deixa semivivos, alheios ao mundo, entorpecidos, perdidos. Expecto patronum contra ela.

Eu lhe diria mais:

Por favor desça do palanque.

Vá para o jogo. Entregue-se à arena. Salve vidas, se necessário for dê sua vida, mas nós a amamos, então lute e não permita que lhes tirem este teu direito natural. Seja, meu amor, uma estrela a orbitar na Constelação de Gandhi.

Permita-se carregar dentro de si as melhores essências de cada X-Men; a destreza, inteligência e lealdade de toda a tripulação do capitão Kirk. Seja como Barry Allen, que como Joe disse, viu mais escuridão do que que que qualquer outra pessoa mas não deixou isso ofuscar sua alma. Seja destemível e sábio como Xena. Exale o perfume de amor de um cara forte e honrado suficiente para dar a outra face depois de uma agressão: a face do enigmático perdão.

Incite a todo momento esse sentimento que Jesus o teve integralmente.

Defenda a vida como Kara e Clark fizeram. Estude até seu cérebro estourar, como os alunos de Hogwarts prometeram.

Tenha a leveza, a serenidade de Gabrielle que apesar do contexto miserável, turbulento, sanguinolento conseguiu conservá-las dentro de si. Tenha o melhor dessa poetiza guerreira.

Seja magnífico tal Pedro, justo como Edmundo, destemido tanto quanto Lúcia e ao mesmo tempo gentil, como Suzana.

Encontre, meu amor, um ponto de convergência para todos esses adjetivos.

Mas eu te peço não te permitas escravizar por nada nem por algo. Sabe, ser uma estrela na constelação de Gandhi, é libertador, porque o bem é automático, é um reflexo que se adquire com o costume de ser bom. Se as pessoas soubessem o quanto o BEM faz bem, o praticariam até por egoísmo. Filho, eu também tive que passar pelas fases dos chefões de video game, eu tive queimaduras, eu ainda tenho as cicatrizes, mas eu não fugi da luta, porque eu sabia mesmo antes de ouvir em uma série que: o mesmo martelo que quebra o vidro forja o aço. 

Da mesma forma que é repugnante alguém ser escravo de outro alguém, também é repugnante uma pessoa ser escrava de algo.

Eu amo você e quero que você lute por sua liberdade.

Chico Xavier no livro Cartas e Crônicas têm algo a nos dizer sobre o carrasco em forma líquida (as bebidas alcoólicas):

"Muito difícil, entretanto, enfileirar palavras e definir-lhe a influência (do álcool) Basta lembrar que a cobra, nossa velha conhecida, cujo bote comumente não alcança mais que uma só pessoa, é combatida a vara de ferro, porrete, pedra, armadilha, borralho, água fervente e boca de fogo, vigiada de perto pela gritaria dos meninos, pela cautela das donas de casa e pela defesa do serviço municipal mas o álcool, que destrói milhares de criaturas, é veneno livre, onde quer que vá, e, em muitos casos, quando se fantasia de champanhe ou de uísque, chega a ser convidado de honra, consagrando eventos sociais. Escorrega na goela de ministros com a mesma sem-cerimônia com que desliza na garganta dos malandros encarapitados na rua. Endoidece artistas notáveis, desfibra o caráter de abnegados pais de família, favorece doenças e engrossa a estatística dos manicômios; no entanto, diga isso num banquete de luxo e tudo indica que você, a conselho dos amigos mais generosos, será conduzido ao psiquiatra, se não for parar no hospício.

Ninguém precisa escrever sobre a aguardente, tenha ela o nome de vodca ou de suco de cana, rum ou conhaque, de vez que as crônicas vivas, escritas por ela mesma, estão nos próprios consumidores, largados à bebedeiras, nos crimes que a imprensa recama de sensacionalismo, nos ataques da violência e nos lares destruídos. E se comentaristas de semelhantes demolições devem ser chamados à mesa redonda da opinião pública, é indispensável sejam trazidos à fala as vítimas de espancamento no recinto doméstico, os homens e as mulheres de vida respeitável que viram a loucura aparecer de chofre no horror ante o desvario de tutores inconscientes e, sobretudo, os médicos encanecidos no duro ofício de aliviar os sofrimentos humanos.

Consta do folclore israelita, numa história popular, fartamente anotada em vários países por diversos autores, que Noé, o patriarca, depois do grande dilúvio, rematava aprestos para lançar à terra ainda molhada a primeira vinha, quando lhe apareceu o Espírito das Trevas, perguntando, insolente: - Que desejas levantar, agora? - Uma vinha – respondeu o ancião, sereno. O sinistro visitante indagou quanto aos frutos esperados da plantação. 41 - Sim – esclareceu o bondoso velho -, serão frutos doces e capitosos. As criaturas poderão deliciar-se com eles, em qualquer tempo, depois de colhidos. Além disso, fornecerão milagroso caldo que se transformará facilmente em vinho, saboroso elixir capaz de adormecê-las em suaves delírios de felicidade e repouso... - Exijo sociedade nessa lavoura! – gritou Satanás, arrogante. Noé, submisso, concordou sem restrições e o Gênio do Mal encarregou-se de regar a terra e adubá-la, para o justo cultivo. Logo após, com a intenção de exaltar a crueldade, o parceiro maligno retirou quatro animais da arca enorme e passou a fazer a adubação e a rega com a saliva do bode, com o sangue do leão, com a gordura do porco e com o excremento do macaco. À vista disso, quantos se entregam ao vício da embriaguez apresentam os trejeitos e os berros sádicos do bode ou a agressividade do leão, quando não caem na estupidez do porco ou na momice dos macacos. Esta é a lenda; entretanto, nós, meu amigo, integrados no conhecimento da reencarnação, estamos cientes de que o álcool, intoxicando temporariamente o corpo espiritual, arroja a mente humana em primitivos estados vibratórios, detendo-a, de maneira anormal, na condição de qualquer bicho". Livro Cartas e Crônicas- Chico Xavier


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Amor vincit omnia!

T.V



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